Aprender e agora?













Tenho pesquisado a relação dos processos de ensino e de aprendizagem no contexto atual que vivemos há tempos.
É notável a falta de interesse do alunos, seja na Educação Básica quanto no Ensino Superior. Considerando as particularidades de cada faixa etária e contextos sócio-culturais dos alunos , os problemas se assemelham, e muito.
Da falta de interesse  nas aulas às questões disciplinares, parece-me que o maior vilão sem dúvida é a questão da aprendizagem.
Nota-se uma dicotomia entre os interesses dos alunos e dos professores, mesmo estando as duas faces  no mesmo contexto, as variáveis são muitas.
As dúvidas de como Ensinar e Aprender nunca estiveram tão presentes nas conversas entre pais, educadores e sociedade em geral, destaco algumas para iniciarmos o debate:
O que necessário aprender para viver, trabalhar e evoluir?
Qual o formato ou metodologia é a mais adequada?
Qual conhecimento é relevante ?
Como regem as crianças e jovens do mundo moderno ?
Qual escola e Metodologia seriam mais adequadas?
Temos acompanhado pela mídia experiências inovadoras em outros países, como é o caso da Finlândia, destaque pelo formato educacional adotado. As comparações são importantes, no entanto não podemos desconsiderar a analise do contexto, da cultura, da história e da trajetória educacional deste país, questões fundamentais para analise realizada.
Mas a reflexão que nos move hoje é outra.
Como adequar necessidades, contextos, linguagens aos processos de ensino e  de aprendizagem?
Vamos começar pelo contexto.
Em que circunstancias vivemos ?
Quais linguagens utilizamos ?
Que capacidades necessitamos para nos comunicar?
Se respondermos apenas a essas três  perguntas, penso que já iniciaremos um diálogo , não?
A modernidade  e os avanços tecnológicos possibilitaram ao homem uma série de conquistas e impôs algumas adequações à vida, entre elas destaco a capacidade de se adaptar a esse novo contexto.
Não concebemos a hipótese de vivermos em sociedade sem nos depararmos com as tecnologias inseridas no nosso cotidiano, desde a ida ao supermercado ao pagamento de um simples boleto bancário. As redes de comunicação online nos possibilitaram expandir nossas relações com o mundo de maneira assustadora, avassaladora e incrível. Moro no mundo, me comunico, aprendo, produzo, interajo e coopero no coletivo inteligente, faço parte da REDE.
Uma REDE que não é só social, é cientifica, cultural, econômica, humanitária, planetária.
Mas onde está mesmo a questão inicial?
O contexto.
Sim, o mundo mudou e com ele as relações que estabelecemos com tudo e todos se tornam agora amarradas e enredadas em conexões. A lógica cartesiana caiu por terra e agora?
Vamos a segunda indagação ;
O formato.
Se a REDE nos ensinou a pensar sistêmicamente  e a escola linearmente como lidar com esse paradoxo ?
Esse é o problema central. Precisamos aprender a lógica das coisas, dos fenômenos, das ciências , estabelecendo  relações com o mundo que vivemos, dar sentido, fazer sentido e mais, nos apropriamos das linguagens presentes no tempo e no espaço.
Se utilizarmos uma metáfora culinária podemos afirmar que erramos nos ingredientes, no modo de fazer, no calor do cozimento e por fim, é claro, no sabor não foi dos melhores.
Há saída ?
Sim, muitas, basta adequar e ajustar o processo à realidade, simples assim.

Comentários

  1. SIM O MUNDO TODO É UMA REDE. NA VERDADE NÃO HÁ UMA FÓRMULA PRONTA PARA SE ESTABELECER QUAL A MELHOR METODOLOGIA. PARTE MUITO DE UMA SÉRIE DE DETALHES QUE SOMENTE CADA PROFESSOR PODERÁ ADEQUAR E ADAPTAR DETERMINADA OU DETERMINADAS METODOLOGIAS. DEPENDE DO TIPO DE ESCOLA, DE GESTÃO, DA CLIENTELA, DA LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA, ECONÔMICA E SOCIAL EM QUE ESTÃO INSERIDOS ESSA ESCOLA E ESSES ALUNOS, ETC.

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  2. E esse desinteresse não estaria pelo fato da sociedade hoje possibilitar tantas formas de aprendizagem e a escola estar ainda se utilizando de concepções de ensino e metodologias tão arcaicas e desmotivadoras?

    Hoje há muitas linguagens para se ensinar e aprender, mas a escola continua valorizando mais a escrita, o que faz com que essas instituições se distanciem cada vez mais da prática social.

    Abraço!

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